Curso IRR – Parte VIII: objetos inet(6)num
Introdução
Ao longo desse segmento faremos referência a inet(6)num para falar tanto do objeto inetnum, como do objeto inet6num. Quando for necessário esclarecer questões particulares, faremos referência a cada objeto, individualmente.
Os objetos inetnum ou inet6num representam as alocações e atribuições de endereços IPv4 ou IPv6 definidos pelos RIRs/NIRs ao AS em questão. O objeto inetnum, originalmente existia antes do objeto route. Já o objeto inet6num apareceu depois, juntamente com o route6.A diferença é que o objeto route(6) explicita o prefixo enquanto que o int(6)num explicita o espaço de endereçamento.
Atributos do objeto inetnum
inetnum: [obrigatório] [único] [chave primária e de pesquisa] netname: [obrigatório] [único] [pesquisa] descr: [obrigatório] [único] [ ] country: [obrigatório] [múltiplo] [ ] admin-c: [obrigatório] [múltiplo] [chave inversa] tech-c: [obrigatório] [múltiplo] [chave inversa] rev-srv: [opcional] [múltiplo] [chave inversa] status: [obrigatório] [único] [ ] remarks: [opcional] [múltiplo] [ ] notify: [opcional] [múltiplo] [chave inversa] mnt-by: [obrigatório] [múltiplo] [chave inversa] changed: [obrigatório] [múltiplo] [ ] source: [obrigatório] [único] [ ]
Atributos do objeto inet6num
inet6num: [obrigatório] [único] [chave primária e de pesquisa] netname: [obrigatório] [único] [pesquisa] descr: [obrigatório] [múltiplo] country: [obrigatório] [múltiplo] admin-c: [obrigatório] [múltiplo] [chave inversa] tech-c: [obrigatório] [múltiplo] [chave inversa] rev-srv: [opcional] [múltiplo] [chave inversa] status: [opcional] [único] remarks: [opcional] [múltiplo] notify: [opcional] [múltiplo] [chave inversa] mnt-by: [opcional] [múltiplo] [chave inversa] changed: [obrigatório] [múltiplo] source: [obrigatório] [único]
Descrição dos atributos mais importantes
inet(6)num
O atributo inetnum do objeto inetnum contem a faixa de endereços IPv4 para o qual o objeto está dando informações. Há várias formas de representar a faixa de endereços, item 2 de [1], vejamos:
- Uma classe IP:
inetnum: 192.168.10.0
onde a rede pode ser uma classe A, B ou C.
- Duas classes IP:
inetnum: 192.168.10.0 - 192.168.11.0
onde a rede pode ser uma classe A, B ou C. Nesse caso o hífen (“-“) deve estar presente, juntamente com o IP final que representa a classe. No exemplo, a representação de uma classe C.
- Representação “classeless” => opção preferida!:
inetnum: 192.168.10.0 > 192.168.11.255
No exemplo, a representação de duas classes C, pelas especificações dos endereços IPv4, inicial e final. Poderia ser qualquer representação de endereços inicial e final.
O atributo inet6num do objeto inet6num, por outro lado, tem o formato de seu valor simplificado. É a representação IPv6, em CIDR. Por exemplo:
inet6num: 2001:DB8::/32
Uma boa referência está em [3], onde alguns padrões de objetos excedem os padrões representados nos segmentos. Estes devem ser considerados!
netname
É um nome simbólico para o espaço de endereçamento especificado no atributo inet(6)num. Não há restrições, cf. [3], quanto ao nome escolhido. Entretanto, recomenda-se algo parecido com a proposta do RIPE, que seja o nome do objeto conforme descrito no item 2 da RFC2622, atualizada por [3]. A sugestão é: nome_curto_da_empresa-NET. É importante lembrar, que o atributo netname é um atributo de pesquisa. Se não houver uma padronização, dificilmente o usaremos em pesquisa. A recomendação é de que as instituições responsáveis recomendem uma padronização, pelo menos no âmbito de um país ou região.
mnt-by
Esse atributo é múltiplo, o que significa que pode haver diversos mantenedores para o objeto. Então, o atributo mnt-by é quem será usado para identificar o(s) mantenedor(es) autorizado(s) a fazer solicitações de alterações. O mecanismo de autenticação irá verificar no respectivo objeto mntner se o mantenedor está com autoridade para a inclusão, alteração ou exclusão.
O ponto principal a ser lembrado das observações acima é de que há um inter-relacionamento entre os objetos da base IRR, através de seus atributos. Em particular, o atributo mnt-by é quem identifica se a intervenção está devidamente autorizada.
Itens relacionados:
- Curso IRR – Parte I: Introdução
- Curso IRR – Parte II: O que é o IRR
- Curso IRR – Parte III: Inserindo dados na base IRR
- Curso IRR – Parte IV: Exercitando o whois
- Curso IRR – Parte V: Objetos route e route6
- Curso IRR – Parte VI: Políticas de roteamento
- Curso IRR – Parte VII: Planos de roteamento
- Curso IRR: Aula complementar I – Espelhamento e segurança nos IRRs
- Curso IRR – Parte VIII: objetos inet(6)num
- Curso IRR – Parte IX: objeto aut-num
- Curso IRR – Parte X: Relações entre objetos
Referências do segmento
[1] Lord, A., Terpstrahttp, M., RIPE Database Template for Networks and Persons, .
[2] , 6Bone Backbone Routing Guidelines R. Rockell, R. Fink [ February 2000 ] (TXT = 28565) (Obsoletes
) (Updated-By
) (Status: INFORMATIONAL) (Stream: IETF, Area: ops, WG: ngtrans).
[3] , Routing Policy Specification Language next generation (RPSLng) L. Blunk, J. Damas, F. Parent, A. Robachevsky [ March 2005 ] (TXT = 35217) (Updates
,
) (Status: PROPOSED STANDARD) (Stream: IETF, WG: NON WORKING GROUP).
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